Julho Roxo alerta para o câncer de bexiga, que deve atingir 11 mil casos em 2025
21/07/2025
(Foto: Reprodução) O câncer de bexiga é uma doença silenciosa que pode se tornar agressiva quando não é diagnosticada precocemente. A boa notícia é que, com atenção aos primeiros sinais, é possível detectar a doença ainda no início e evitar tratamentos mais invasivos, de acordo com o urologista Dr. Sérgio Moura, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia – MA.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa é de 11.370 novos casos de câncer de bexiga em 2025 no Brasil — sendo 7.870 em homens e 3.500 em mulheres. O risco entre os homens é mais que o dobro.
A campanha Julho Roxo, que marca o mês de conscientização sobre o câncer de bexiga, busca mudar esse cenário, promovendo informação, prevenção e o incentivo à consulta regular com urologistas. Esse é o sétimo câncer mais incidente entre os homens (exceto o de pele não melanoma), representando mais de 3% dos cânceres masculinos, segundo o INCA.
Como representante da Sociedade Brasileira de Urologia – Seccional Maranhão, o Dr. Sérgio Moura reforça a importância de estar atento aos sinais da doença e manter o acompanhamento regular com um urologista.
:Dr Sérgio Moura Presidente da Sociedade Brasileira de Urologia Maranhão
Divulgação/Dr.Sérgio Moura
Sinais, sintomas e fatores de risco
De acordo com o especialista, o principal sintoma da doença é a presença de sangue na urina, que pode ser confundido com infecções urinárias ou pedras nos rins.
“Se a urina está vermelha, mesmo sem dor, é sinal de alerta. Isso deve ser investigado com urgência”, afirma o urologista.
Sintomas mais comuns incluem:
• Urina com sangue (hematúria);
• Aumento da frequência urinária;
• Ardência ou dor ao urinar;
• Sensação constante de bexiga cheia.
O tabagismo é o principal fator de risco, sendo responsável por 50% a 70% dos casos. Além disso, a exposição ocupacional a produtos químicos, comuns em fábricas de borracha, tintas e indústrias, também aumenta o risco da doença, especialmente em trabalhadores expostos por longos períodos.
“Pessoas que trabalham em indústrias de borracha ou que inalam muitos produtos químicos no ambiente de trabalho também têm maior risco. Mesmo pacientes jovens podem desenvolver câncer de bexiga se estiverem muito expostos”, explica o urologista.
A importância do diagnóstico precoce
O diagnóstico pode ser feito com exames simples, como análise de urina, exames de imagem (como ultrassom e tomografia), além da cistoscopia — exame em que uma pequena câmera é inserida pela uretra para observar o interior da bexiga.
Quando descoberto no início, o câncer pode ser tratado com uma raspagem endoscópica (RTU da bexiga), sem necessidade de grandes cirurgias. Após o procedimento, são aplicados medicamentos para evitar a recidiva. Já em estágios mais avançados, o tratamento pode incluir cirurgia, quimioterapia e radioterapia.
Prevenção
Para reduzir as chances de desenvolver o câncer de bexiga, o principal conselho do especialista é evitar o tabagismo, o maior fator de risco para a doença.
“Não fumar já é um passo fundamental, e isso inclui também o tabagismo passivo, quando você convive com pessoas que fumam”, alerta o médico.
A recomendação é que homens e mulheres, especialmente a partir dos 50 anos, consultem um urologista pelo menos uma vez por ano. Quem tem histórico familiar da doença ou está exposto a fatores de risco deve redobrar a atenção.
“Ir ao urologista uma vez por ano é uma forma de cuidar da sua saúde. Isso permite detectar doenças da bexiga, da próstata e dos rins logo no início. É um ato de autocuidado e também de amor pela sua família”, finaliza o Dr. Sérgio Moura.
Sérgio Moura urologista - presidente da Sociedade Brasileira de Urologia – MA.
Médico responsável: DR. Sérgio Moura, inscrito no CRM-MA: 6809 | Rqe - 3220